5 de mar. de 2015

Diário

5 de março de 2015
Já estava sorrindo quando soube que estava chegando. Nossos olhares se encontraram no mesmo instante em que o calor encontrou a minha pele. Conversamos, uma boa conversa, nossas vidas, nossas histórias, nossas piadas, o ambiente...
Como está sendo seu dia? Quero saber. Quero lhe ouvir falar, ouvir a sua voz.
Me conte uma história, invente uma talvez, mas não pare de falar comigo.
Nos aproximamos no mesmo instante em que meu coração disparou. As borboletas já haviam acordado quando nossos lábios se encontraram, roçaram, dançaram, se acariciando, com calma e suavidade.
Melhor nos sentarmos mais para lá, o sol está queimando a minha pele.
Qualquer lugar com você, pra mim tá bom, mas é realmente desconfortável...
Estava enganada, não era o sol, era sua presença que queimava a minha pele, fervia o meu sangue. Minha mão já estava encharcada com o suor frio quando a tocou, segurou e fez um singelo carinho. E eu já estava trêmula quando a minha cintura encontrou suas mãos, grotescas, delicadas.
Machucados sempre saram, as pessoas se lembram de brigas como apenas uma violência ridícula, mas as palavras sempre ficam, é por isso que algumas pessoas merecem apenas palavras boas.
Já sorria quando repousei a cabeça em seu ombro, já cantávamos antes mesmo de o cantor chegar ao refrão e continuávamos a cantar mesmo após pausar a música. Já estávamos incomodados com o "até amanhã" meia hora antes de minha partida.
Você é incrível, de verdade.
Eu estou falando sério.
Eu já estava morta de saudades, enquanto me abraçava.
Eu já queria voltar correndo, quando disse para eu me cuidar.
Até amanhã.


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