11 de nov. de 2014

Traços tortos em linhas tortas

Meu amor,
A nossa distância tem se tornado cada vez menos física e cada vez mais espiritual, e ela só aumenta a cada dia, assim como o meu amor e a minha saudade. Eu te disse que te amaria todos os dias da minha vida, eu te disse que só aumentaria, eu jurei nunca lutar contra, e aqui estou eu, te amando mais e mais a cada segundo sem nem saber o porquê, assim como eu sempre fiz, e como você dizia fazer...

Mas essa carta não é para me lamuriar, e sim para meus agradecimentos e perdões.

Primeiramente, eu gostaria de te agradecer pelos ótimos momentos que tivemos, por todas as boas lembranças que me deixou. Fico contente de sentir saudades, é sinal de que valeu a pena. Gostaria de te agradecer por todos os abraços, todos os carinhos e olhares, todas as vezes em que víamos as estrelas juntos, pelo pôr do sol admirado, todas os nossos "papo cabeça", todas em vezes em que dormimos abraçados. Devo-te agradecimentos por todas as cocegas, todas as vezes em que carregou pacientemente minha bolsa, todas as vezes que disse me amar, todas as palavras trocadas, todas as ligações, todos os bons dias e boas noites.

Ah, antes que eu me esqueça, obrigada por me ensinar a amar, a ser paciente, carinhosa, por aguentar todas as minhas asneiras, todos os pensamentos fora de orbita, todos os surtos, obrigada por cuidar de mim quando eu precisei, obrigada por ter sido quem eu sempre sonhei, obrigada por ter me dado vida.

E agora, meus sinceros vá a merda

Por ter me ensinado a odiar primeiramente a mim mesma, por ter me roubado a vida que me deu, por ter levado a minha alma, por agir feito um tremendo de um filho da puta como se nada nunca tivesse acontecido entre nós, por ter me feito me sentir inútil e não boa o suficiente, por ser uma pessoa tão ridiculamente perfeita que eu não consiga nem mesmo ficar realmente brava com você.

Eu te amo.
Com amor,
O antigo "amor da sua vida para sempre e sempre".

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