22 de ago. de 2015

Dedos descuidados

Esse é um daqueles textos que nunca te mandarei, vou ficar apenas lendo, imaginando a tua reação e a tua resposta. Um daqueles textos onde eu vou tentar, em vão, explicar tudo o que eu tô sentindo.
Saudade não é exatamente a palavra certa, abstinência talvez. Chega a ser estranha o tamanho da falta que me faz, e o tamanho da necessidade, por assim dizer, que sinto em falar com você, te ver, te tocar, te abraçar...
Eu fico aqui pensando, imaginando, o que é que você quer de mim. Faço planos, tenho sonhos, e em todos eles tem você, aqui ou ali, mas aonde eu tô, você sempre tá também. É o primeiro pensamento após o despertar, e o último ao repousar.
Você, definitivamente, não é a razão de o meu mundo girar, mas pode se dizer que talvez seja a razão de o giro valer a pena. Você, definitivamente, não tem nem ideia do quanto eu amo você, e nem eu tenho, no entanto, continuaremos sem saber, a menos que esses meus dedos trêmulos e descuidados te enviem por um mero descuido do acaso, ou por uma vontade inconsciente, esse texto incoerente.
E enquanto falo falo e nada digo, reflito sobre toda essa gente inteligente, que ainda não criou um vocabulário ao menos plausível, pra que eu possa expressar melhor o que eu queria da gente.
Você me desculpa, viu? Mas vou ter que te deixar só na curiosidade, porque mesmo que tivessem criado o tal vocabulário mágico, eu não te diria nada sobre isso, não tão cedo assim, não de forma tão vaga e direta assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário