28 de fev. de 2015

IALN

Eu olhei, sorrimos.
Ficamos sérios
Nos olhando, analisando
Seus olhos percorreram meus lábios
Tal como os meus percorreram os seus
Me acariciou suavemente com a ponta dos dedos
Sorriu novamente
Rimos, trocando piadas
Choramos, trocando histórias
Quis cuidar, quando me olhou
Cabisbaixo, doce
Quis acompanhar, quando saiu
E acenou
Acariciei delicadamente seu braço
Percorri suas veias
Analisava, sorriu.
Segurou a minha mão
Meu sorriso contido
Suspiro invasivo
Quero amar
Quero beijar
Quero sentir
Pra sempre cuidar.

21 de fev. de 2015

22/02/14

Hoje foi um dia maravilhoso, maravilhoso e mágico. Cada beijo ou abraço era como se fosse o primeiro. Eu tremia, sentia meu estomago rodar e meu sangue estava dividido entre ferver ou congelar. Não conseguia nem ao menos conter o sorriso, olhava para ele sorrindo falava com ele sorrindo... A gente não se separou, desde a hora que eu cheguei até a hora em que eu fui embora. Nem mesmo na hora do parabéns. Apagaram todas as luzes e ficamos só ele e eu no andar de cima, conversando, fazendo piadas, comprando raios e etc...
O cheiro dele, é tão bom! O abraço, o beijo... Absolutamente tudo, entende? Ele é lindo, tudo nele é lindo, não importa o quanto ele negue ou cubra a boca com as mãos porque não gosta dela, eu continuo achando tudo lindo. Só de olhar para ele, já tenho arrepios.
E ele me trata tão bem...
Me chama de monge, chata, gorda, trouxa, diz que deixo ele sem graça e só sei rir. E por mais que ele diga "Tá achando que estou brincando? É serio." é sempre com um sorriso no rosto e isso me traz uma paz tão grande... Me sinto bem por ele sorrir quando está comigo, me sinto especial, entende?
E quando eu estava descendo a escada para ir embora, me deu um aperto tão grande no peito de saber que ia demorar para ver ele de novo... A minha vontade era de voltar correndo e abraçar ele, e não soltar nunca mais.
Eu realmente não sei o que ele tem que me faz ficar assim, mas sou eternamente grata por ele ter.

Implacável

A água cai implacável sobre o telhado. O barulho é ensurdecedor. Não há mais como dormir  Tem a certeza de que quer invadir a casa oca. Levar tudo para algum lugar distante. Talvez devesse abrir portas e janelas e deixar a vida ser lavada. Talvez devesse enfrentar a fúria que vem do céu avermelhado daquela madrugada rubra. Talvez fosse melhor o combate desigual. A luz forte ilumina o quarto escuro, em pouco tempo o barulho atinge as janelas sacudindo-as. O mundo vai acabar em água, raio e trovão.
A falta de energia, elétrica e vital, a impede de ter alguma reação maior do que se encolher debaixo das cobertas, que pouco protegem contra a paúra. Queria sair. Queria gritar mais alto que ela. Queria ter a coragem que os outros acham que ela tem. As sombras provocadas por instantes marcam sua memória sonolenta e tomam as formas do passado.
Tudo que não quer é pensar. Pensar nos caminhos encharcados e esburacados dos tempos verbais. Pensar na vida que retomará o curso eterno quando o relógio tocar. Pensar no uniforme já devidamente arrumado na cadeira ao lado. Pensar na inutilidade da sua vida vazia. Pensar no que existirá quando vencer todas as fases do jogo.
Vermelho recortado angularmente em agonia e cerzido às árvores negras. Está claro mas não o suficiente para iluminar o dia que, ela sabe, ainda há de chegar. Não hoje. Não sob os cântaros de água. Não sob esse céu. Não com a tempestade dentro dela.
O vento canta com os galhos. Canção antiga. Profunda. Comprida. Triste. Ela, no fundo, gosta de escutá-lo assim gelado. Mas o cenário tingido de sangue diluído a hipnotiza e assombra. Quase pode sentir o cheiro do ferro derramado. Queria a fé dos lobos para gritar que é mais forte e que não tem medo. Encara a dança das sombras dos galhos até as sombras invadirem novamente o quarto por dois segundos.
Um frio lhe percorre a alma e pára no seu estômago. Congela-o. Os vidros se debatem indefesos. Eles não resistirão muito tempo. Nem o telhado reclamando com razão. Nem ela.
Afasta as cobertas. Levanta-se de uma vez. O chão gelado contrasta com a pele quente. Mas não pode parar. Não deve duvidar. Marcha até a janela. As duas folhas agora abertas. Deixa a chuva, o vento e o canto lhe atingir de uma vez. Dilui-se em  meio ao medo, o canto e a água.

Selva de pedra

Na selva de pedra, se há grama no vizinho
Faça dele seu amigo
Na selva de pedra, se há um amigo
Faça dele seu abrigo
Na selva de pedra, se há um abrigo
Arrisque-se e corra perigo

Amor X Paixão

Porque quando você ama, você faz carinho porque deve isso à pessoa, você sai com ela, porque deve isso à ela, você conversa com ela, porque já se tornou rotina. Mas quando você tá apaixonado..
Ah, meu caro, aí são outros quinhentos.
Você faz carinho porque deve isso à si mesmo, você precisa tocar, Você faz de tudo para sair com ela, porque precisa certificar-se de que ela está bem, e precisa saber que ela também pensa o mesmo sobre você. Você conversa com ela, porque caso contrário, você se sente vazio. 
Não importa quantos amigos te chamem pra sair, ou quantos vá te visitar. 
Não importa quantas pessoas te liguem dizendo que está com saudades e quer te levar pra jantar.
Simplesmente não importa quantos SMS de bom dia você receba.
Sem aquela pessoa, nada basta. Nada vale. Nada satisfaz.

16 de fev. de 2015

Pedaço de céu

Ela respirou fundo e fechou os seus olhos, tempo suficiente pra que quando abrisse ele estivesse lá. Com um meio sorriso de canto lhe estendeu o cinzeiro
- É foda, mas...
- A vida tem dessas. - ela completou batendo a cinza. Mais um gole do whisky, batia o pé ao ritmo da música, Cartel MC's.
Sentados na sacada, em pleno silencio observavam o céu, a rua vazia, o poste com curto circuito que piscava.. Um silêncio confortador para ambos. Ela refletia sobre a vida, e seus problemas, tudo o que a estressava no momento e tudo o que provavelmente estressaria daqui algum tempo. Pensava em conversas antigas, em tudo o que já haviam discutido. Perdeu a noção do tempo em meio a seus pensamentos e em fração de milésimos viu todos eles serem desmanchados com a doce voz.
- Acho que você precisa de uma dança. - Terminando seu copo de whisky ele se levantou e estendeu a mão para ela.
- Talvez seja isso. - Ela sorriu para ele. Terminou seu copo, arrumou o sutiã e prendeu o cigarro entre os dentes enquanto se levantava. Dançavam desobedecendo o ritmo da música, mas sentiam a sua melodia, a letra.. Despreocupados dançavam, rodavam e se abraçaram.
"Vou pro braile no fim do mundo, a ultima noitada do planetaaaaaaah..."
Tirando o cigarro da boca inspirou profundamente o perfume dele que a invadiu de forma tão calmante quanto aquele ultimo trago. Arremessou a bituca longe e vendo-a cair no horizonte não percebeu que ele estava se desmanchando em seus braços, parte por parte, como uma névoa. Teve tempo apenas de ver seu sorriso se desmanchando no ar.
Caiu em si, e quando caiu, estava sozinha.
- Já era de se esperar.
Não era mais a sacada, não era mais ele. Apenas ela, abraçada ao ar, em seu quarto, ouvindo as ultimas palavras da canção. "Antes que o céu derreta."

15 de fev. de 2015

O choro de Cássia

E foram,
Apenas palavras, pequenas palavras
Palavras ao vento, palavras do momento
E quando não me falta animo, ando por aí
Ainda quero te encontrar, em alguma esquina
Em algum lugar..
Quando vou, deixo a tristeza em casa
E vou acompanhada apenas da esperança.
O meu amor, é uma chama sempre viva
Era a nossa dádiva..
Mas foram.
Apenas palavras, pequenas palavras
Palavras ao vento, palavras do momento.

Saudade

Na boca, o gosto de cinzeiro predomina
Disputando espaço com o gosto salgado das lágrimas que escorreram
Nas paredes, marcas de um ódio próprio
Disputando espaço com desenhos sem nexos, vazios, perplexos
E o calendário, é do ano passado, mas ainda está marcado
Com encontros, datas, palavras..
Em sua grande maioria, jamais faladas, presas na golada
Queimadas por uma fria tragada, que é só o que a resta
Para aquecer e confortar o seu pobre coração
Que está ali, para quem ou o quê quiser ver
Aos pedaços, ao chão.

13 de fev. de 2015

Diário

 Uma pequena leve atração, pelo físico, mas é claro, apenas aparências.
Sempre haverão aqueles que quanto mais você conhece, mais "feio" fica, você perde o gosto, a atração e talvez desenvolva até um certo nojo.
Mas ele.. Ele não, ele é daqueles que quanto mais se conhece, mais se atrai. Quando você se torna capaz de ver a beleza além, a beleza acá se torna cada vez mais nítida e verídica. Você é capaz de perceber como aquele simples par de olhos de formato tão bonito, é tão cheio de vida, e morte ao mesmo tempo, se torna capaz de perceber sorrisos e lágrimas implicitos.
E é quanto mais se conhece, que mais percebe como aqueles dedos longos compõem uma mão tão delicadamente bruta e rude, de forma tão doce e amorosa que é praticamente impossível relatar.
E conhece mais um pouco, e percebe que aquelas sedutoras veias saltadas possuem um sangue frio que ferve em ritmo acelerado, descendo e subindo em uma velocidade misteriosamente assustadora e rápida. E vai mais afundo, e ao olhar aqueles lábios amargos de mel, você não só sorri e suspira, mas é capaz de decifrar cada pequena palavra não dita por um mero receio.
Aquela pele pálida e queimada, passa de "cor do pecado" para a cor da vida, da alegria, e de sua própria felicidade.
É claro, você está atraída, não tem nem sequer noção da vericidade dos fatos e interpretações, mas se entrega à elas e se apaixona por todas elas, porque compõem a obra abstrata mais bela.
Ó doce olho mel, que sorriso mais lindo!
Ó pobre verde profundo, por que choras?
Ó lábios grossos aflitos, não finja rir...
Não precisa fugir
Sabe que estou sempre aqui..

12 de fev. de 2015

Not worth it

I wish
I had never
met you, or even
knew you, I mean
who the hells, just
tell me, who the hells
would like to meet someone
like you? If I had the chance
to don't ever meet you, I swear
I won't. You don't deserve me, and
you're not worth it. as our fucking fake story.

Silly

Forever isn't a real time
but even if it were
I would really fucking mind
spending it by your shitty side.