Na boca, o gosto de cinzeiro predomina
Disputando espaço com o gosto salgado das lágrimas que escorreram
Nas paredes, marcas de um ódio próprio
Disputando espaço com desenhos sem nexos, vazios, perplexos
E o calendário, é do ano passado, mas ainda está marcado
Com encontros, datas, palavras..
Em sua grande maioria, jamais faladas, presas na golada
Queimadas por uma fria tragada, que é só o que a resta
Para aquecer e confortar o seu pobre coração
Que está ali, para quem ou o quê quiser ver
Aos pedaços, ao chão.
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